domingo, 24 de julho de 2011

SISTEMA CARDIOVASCULAR



A função básica do sistema cardiovascular é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por tubos, que são chamados vasos, e por uma bomba percussora que tem como função impulsionar um líquido circulante de cor vermelha por toda a rede vascular. 

O sistema cardiovascular consiste no sangue, no coração e nos vasos sangüíneos. Para que o sangue possa atingir as células corporais e trocar materiais com elas, ele deve ser, constantemente, propelido ao longo dos vasos sangüíneos. O coração é a bomba que promove a circulação de sangue por cerca de 100 mil quilômetros de vasos sangüíneos.


Circulação Pulmonar e Sistêmica 


Circulação Pulmonar - leva sangue do ventrículo direito do coração para os pulmões e de volta ao átrio esquerdo do coração. Ela transporta o sangue pobre em oxigênio para os pulmões, onde ele libera o dióxido de carbono (CO2) e recebe oxigênio (O2). O sangue oxigenado, então, retorna ao lado esquerdo do coração para ser bombeado para circulação sistêmica. 

Circulação Sistêmica - é a maior circulação; ela fornece o suprimento sangüíneo para todo o organismo. A circulação sistêmica carrega oxigênio e outros nutrientes vitais para as células, e capta dióxido de carbono e outros resíduos das células. 





Estruturas do
Sistema Cardiovascular

Sangue
Coração
Vasos Sangüíneos
Sistema Arterial
Sistema Venoso

SANGUE



As células de nosso organismo precisam constantemente de nutrientes para manutenção do seu processo vital, os quais são levados até elas pelo sangue.
Estes elementos nutritivos são constituídos por proteínas, hidratos de carbono e gordura, desdobrados em suas moléculas elementares (protídeos, lipídeos e glicídios) e ainda sais minerais, água e vitaminas.
Ao sangue cabe também a função de transportar oxigênio para as células, e servir de veículo para que elementos indesejáveis como gás carbônico, que deve ser expelido pelos pulmões, e uréia, que deve ser eliminado pelos rins. 



O sangue é composto por uma parte líquida, o plasma, constituido de substâncias nutritivas e elementos residuais das reações celulares. O plasma também possui uma parte organizada, os elementos figurados, que são os glóbulos sangüíneos e as plaquetas.
Os glóbulos dividem-se em vermelhos e bancos. Os glóbulos vermelhos são as hemácias, células sem núcleo contendo hemoglobina, um pigmento vermelho do sangue responsável pelo transporte de oxigênio e de gás carbônico. Os glóbulos brancos são os leucócitos, verdadeiras células nucleadas, incumbidas da defesa do organismo. São eles: neutrófilos, basófilos, eosinófilos, monócitos e linfócitos.
Hemácias são de 5 milhões por milímetro cúbico. 

Leucócitos são de 5 a 9 mil por milímetro cúbico.
Plaquetas são fragmentos citoplasmáticos de células da medula óssea, implicadas diretamente no processo de coagulação sangüínea. São em número de 100 a 400 mil por milímetros cúbicos. 


O sangue está contido num sistema fechado de canais (vasos sangüíneos), impulsionados pelo coração. Sai do coração pelas artérias que vão se ramificando em arteríolas e terminando em capilares que por sua vez se continuam em vênulas e veias, retornando ao coração.
Ao nível dos capilares o plasma é acompanhado de alguns linfócitos e raramente hemácias, pode extravasar para o espaço intersticial, constituindo a linfa, que posteriormente é reabsorvida pelos capilares linfáticos passando aos vasos linfáticos e então as veias, sendo reintegrada à circulação.
O coração é o ponto central da circulação. Partindo dele temos dois circuitos fechados distintos:
Circulação pulmonar ou direita ou pequena circulação: vai do coração aos pulmões e retorna ao coração. Destina-se à troca de gases (gás carbônico por oxigênio).
Circulação sistêmica ou esquerda ou grande circulação: vai do coração para todo o organismo e retorna ao coração. Destina-se à nutrição sistêmica de todas as células.
Este conteúdo está melhor descrito na "Introdução ao Sistema Cardiovascular".


VASOS  SANGÜÍNEOS
Sistema Cardiovascular





Formam uma rede de tubos que transportam sangue do coração em direção aos tecidos do corpo e de volta ao coração. Os vasos sangüíneos podem ser divididos em sistema arterial e sistema venoso: 





Sistema Arterial: Constitui um conjunto de vasos que partindo do coração, vão se ramificando, cada ramo em menor calibre, até atingirem os capilares. 





Sistema Venoso: Formam um conjunto de vasos que partindo dos tecidos, vão se formando em ramos de maior calibre até atingirem o coração. 










Os vasos sanguíneos que conduzem o sangue para fora do coração são as artérias. Estas se ramificam muito, tornam-se progressivamente menores, e terminam em pequenos vasos determinados arteríolas. A partir destes vasos, o sangue é capaz de realizar suas funções de nutrição e de absorção atravessando uma rede de canais microscópicos, chamados capilares, os quais permitem ao sangue trocar substâncias com os tecidos. Dos capilares, o sangue é coletado em vênulas; em seguida, através das veias de diâmetro maior, alcança de novo o coração. Esta passagem de sangue através do coração e dos vasos sanguíneos é chamada de CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA.

Estrutura dos Vasos





1- Túnica externa: é composta basicamente por tecido conjuntivo. Nesta túnica encontramos pequenos filetes nervosos e vasculares que são destinados à inervação e a irrigação das artérias. Encontrada nas grandes artérias somente.
2- Túnica média: é a camada intermediária composta por fibras musculares lisas e pequena quantidade de tecido conjuntivo elástico. Encontrada na maioria das artérias do organismo.
3- Túnica íntima: forra internamente e sem interrupções as artérias, inclusive capilares. São constituídas por células endoteliais. 





Os vasos sangüíneos são compostos por várias anastomoses, principalmente nos vasos cerebrais.
Anastomose: significa ligação entre artérias, veias e nervos os quais estabelecem uma comunicação entre si. A ligação entre duas artérias ocorre em ramos arteriais, nunca em troncos principais. Às vezes duas artérias de pequeno calibre se anastomosam para formar um vaso mais calibrosos. Freqüentemente a ligação se faz por longo percurso, por vasos finos, assegurando uma circulação colateral.


O Polígono de Willis (melhor estudado em "Vascularização do SNC") é um exemplo de vasos que se anastomosam, formando um polígono. Esse processo ocorre no cérebro para garantir uma demanda adequada de oxigênio as células nervosas, ou seja, caso ocorra a obstrução de uma artéria cerebral, a região irrigada pelo vaso lesado ainda receberá sangue proveniente de outra artéria do polígono, preservando o tecido nervoso.

 


SISTEMA  ARTERIAL
Sistema Cardiovascular



Conjunto de vasos que saem do coração e se ramificam sucessivamente distribuindo-se para todo o organismo. Do coração saem o tronco pulmonar (relaciona-se com a pequena circulação, ou seja leva sangue venoso para os pulmões através de sua ramificação, duas artérias pulmonares uma direita e outra esquerda) e a artéria aorta (carrega sangue arterial para todo o organismo através de suas ramificações).


Algumas artérias importantes do corpo humano





1 - Sistema do tronco pulmonar: o tronco pulmonar sai do coração pelo ventrículo direito e se bifurca em duas artérias pulmonares, uma direita e outra esquerda. Cada uma delas se ramifica a partir do hilo pulmonar em artérias segmentares pulmonares. 







Ao entrar nos pulmões, esses ramos se dividem e subdividem até formarem capilares, em torno alvéolos nos pulmões. O gás carbônico passa do sangue para o ar e é exalado. O oxigênio passa do ar, no interior dos pulmões, para o sangue. Esse mecanismo é denominado HEMATOSE




2 - Sistema da artéria aorta (sangue oxigenado): É a maior artéria do corpo, com diâmetro de 2 a 3 cm. Suas quatro divisões principais são a aorta ascendente, o arco da aorta, a aorta torácica e aorta abdominal. A aorta é o principal tronco das artérias sistêmicas. A parte da aorta que emerge do ventrículo esquerdo, posterior ao tronco pulmonar, é a aorta ascendente.





O começo da aorta contém as válvulas semilunares aórticas. A artéria aorta se ramifica na porção ascendente em duas artérias coronárias, uma direita e outra esquerda que vão irrigar o coração.




artéria coronária esquerda passa entre a aurícula esquerda e o tronco pulmonar. Divide-se em dois ramos: ramo interventricular anterior (ramo descendente anterior esquerdo) e um ramo circunflexo. A ramo interventricular anterior passa ao longo do sulco interventricular em direção ao ápice do coração e supre ambos os ventrículos. O ramo circunflexo segue o sulco coronário em torno da margem esquerda até a face posterior do coração, originando assim a artéria marginal esquerda que supre o ventrículo esquerdo.


artéria coronária direita corre no sulco coronário ou atrioventricular e dá origem ao ramo marginal direito que supre a margem direita do coração à medida que corre para o ápice do coração. Após originar esses ramos, curva-se para esquerda e contínuo o sulco coronário até a face posterior do coração, então emite a grande artéria interventricular posterior que desce no sulco interventricular posterior em direção ao ápice do coração, suprindo ambos os ventrículos.



Artérias Coronárias



Logo em seguida a artéria aorta se encurva formando um arco para a esquerda dando origem a três artérias (artérias da curva da aorta) sendo elas: 
1 - Tronco braquiocefálico arterial
2 - Artéria carótida comum esquerda 
3 - Artéria subclávia esquerda

O tronco braquiocefálico arterial origina duas artérias: 
4 - Artéria carótida comum direita
5 - Artéria subclávia direita
ARTÉRIAS DO PESCOÇO E CABEÇA
As artérias vértebrais direita e esquerda e as artérias carótida comum direita e esquerda são responsáveis pela vascularização arterial do pescoço e da cabeça.
Antes de entrar na axila, a artéria subclávia dá um ramo para o encéfalo, chamada artéria vertebral, que passa nos forames transversos da C6 à C1 e entra no crânio através do forame magno. As artérias vertebrais unem-se para formar a artéria basilar (supre o cerebelo, ponte e ouvido interno), que dará origem as artérias cerebrais posteriores, que irrigam a face inferior e posterior do cérebro.
Na borda superior da laringe, as artérias carótidas comuns se dividem em artéria carótida externa e artéria carótida interna.



A artéria carótida externa irriga as estruturas externas do crânio. A artéria carótida interna penetra no crânio através do canal carotídeo e supre as estruturas internas do mesmo. Os ramos terminais da artéria carótida interna são a artéria cerebral anterior (supre a maior parte da face medial do cérebro) e artéria cerebral média (supre a maior parte da face lateral do cérebro).



Artéria carótida externa: irriga pescoço e face. Seus ramos colaterais são: artéria tireoíde superior, artéria lingual, artéria facial, artéria occipital, artéria auricular posterior e artéria faríngea ascendente. Seu ramos terminais são: artéria temporal e artéria maxilar.
Polígono de Willis:
A vascularização cerebral é formada pelas artéria vertebrais direita e esquerda e pelas artérias carótidas internas direita e esquerda.
As vertebrais se anastomosam originado a artéria basilar, alojada na goteira basilar, ela se divide em duas artérias cerebrais posteriores que irrigam a parte posterior da face inferior de cada um dos hemisférios cerebrais.
As artérias carótidas internas em cada lado originam uma artéria cerebral média e uma artéria cerebral anterior.
As artérias cerebrais anteriores se comunicam através de um ramo entre elas que é a artéria comunicante anterior.
As artérias cerebrais posteriores se comunicam com as arteriais carótidas internas através das artérias comunicantes posteriores.
Para saber mais sobre o Polígono de Willis, veja Sistema Nervoso (Vascularização do Encéfalo)


Polígono de Willis



Polígono de Willis - Esquema


ARTÉRIAS DOS MEMBROS SUPERIORES





Explicação da tabela acima: a artéria subclávia (direita ou esquerda), logo após o seu início, origina a artéria vertebral que vai auxiliar na vascularização cerebral, descendo em direção a axila recebe o nome de artéria axilar, e quando, finalmente atinge o braço, seu nome muda para artéria braquial (umeral). Na região do cotovelo ela emite dois ramos terminais que são asartérias radial e ulnar que vão percorrer o antebraço. Na mão essas duas artérias se anastomosam formando um arco palmar profundo que origina asartérias digitais palmares comuns e as artérias metacarpianas palmares que vão se anastomosar.





Artérias do Membro Superior
2000.
Artéria Aorta - Porção Torácica:
Após a curva ou arco aótico, a artéria começa a descer do lado esquerdo da coluna vertebral dado origem aos ramos:
Viscerais (nutrem os órgãos):
                        1- Pericárdicos
                        2- Bronquiais
                        3- Esofágicos
                        4- Mediastinais
Parietais (irrigam a parede dos órgãos):
                        5- Intercostais posteriores
                        6- Subcostais
                        7- Frênicas superiores

Artéria Aorta - Porção Abdominal:
Ao atravessar o hiato aórtico do diafragma até a altura da quarta vértebra lombar, onde termina, a aorta é representada pela porção abdominal.
Nesta porção a aorta fornece vários ramos colaterais e dois terminais. 

Os ramos terminas da artéria aorta são artéria ilíaca comum direita e artéria ilíaca comum esquerda. 



Artérias da Porção Abdominal da Aorta

Tronco Celíaco

Ramos da Artéria Mesentérica Superior

Ramos da Artéria Mesentérica Inferior

Principais Ramos das Artérias Mesentéricas
ARTÉRIAS DOS MEMBROS INFERIORES 

  



Artérias do Membro Inferior

SISTEMA  VENOSO
Sistema Cardiovascular


É constituído por tubos chamados de veias que tem como função conduzir o sangue dos capilares para o coração. As veias, também como as artérias, pertencem a grande e a pequena circulação.
O circuito que termina no átrio esquerdo através das quatro veias pulmonares trazendo sangue arterial dos pulmões chama-se de pequena circulação ou circulação pulmonar. E o circuito que termina no átrio direito através das veias cavas e do seio coronário retornando com sangue venoso chama-se de grande circulação ou circulação sistêmica.
Algumas veias importantes do corpo humano:
Veias da circulação pulmonar (ou pequena circulação): As veias que conduzem o sangue que retorna dos pulmões para o coração após sofrer a hematose (oxigenação), recebem o nome de veias pulmonares.
São quatro veias pulmonares, duas para cada pulmão, uma direita superior e uma direita inferior, uma esquerda superior e uma esquerda inferior.
As quatro veias pulmonares vão desembocar no átrio esquerdo. Estas veias são formadas pelas veias segmentares que recolhem sangue arterial dos segmentos pulmonares.
Veias da circulação sistêmica (ou da grande circulação): duas grandes veias desembocam no átrio direito trazendo sangue venoso para o coração. São elas: veia cava superior e veia cava inferior. Temos também o seio coronário que é um amplo conduto venoso formado pelas veias que estão trazendo sangue venoso que circulou no próprio coração. 


Veias Pulmonares, Cavas Superior e Inferior e Seio Coronário
Veia cava superior: a veia cava superior tem o comprimento de cerca de 7,5cm e diâmetro de 2cm e origina-se dos dois troncos braquiocefálicos (ou veia braquiocefálica direita e esquerda).
Cada veia braquiocefálica é constituída pela junção da veia subclávia (que recebe sangue do membro superior) com a veia jugular interna (que recebe sangue da cabeça e pescoço). 

Veia cava Inferior: a veia cava inferior é a maior veia do corpo, com diâmetro de cerca de 3,5cm e é formada pelas duas veias ilíacas comuns que recolhem sangue da região pélvica e dos membros inferiores. 









Seio Coronário e veias Cardíacas: O seio coronário é a principal veia do coração. Ele recebe quase todo o sangue venoso do miocárdio. Fica situado no sulco coronário abrindo-se no átrio direito. É um amplo canal venoso para onde drenam as veias. Recebe a veia cardíaca magma (sulco interventricular anterior) em sua extremidade esquerda, veia cardíaca média (sulco interventricular posterior) e a veia cardíaca parva em sua extremidade direita. Diversas veias cardíacas anteriores drenam diretamente para o átrio direito.

VEIAS DA CABEÇA E PESCOÇO 










Crânio: a rede venosa do interior do crânio é representada por um sistema de canais intercomunicantes denominados seios da dura-máter. 



Seios da dura-máter



São verdadeiros túneis escavados na membrana dura-máter. Esta, é a membrana mais externa das meninges. 



Estes canais são forrados por endotélio. 



Os seios da dura-máter podem ser divididos em seis ímpares e sete pares. 




Seios da Dura-Máter





Seios da Dura-Máter
SEIOS ÍMPARES (6): são três relacionados com a calvária craniana e três com a base do crânio.
Seios da calvária craniana:
1 - Seio sagital superior: situa-se na borda superior e acompanha a foice do cérebro em toda sua extensão.
2 - Seio sagital inferior: ocupa dois terços posteriores da borda inferior da parte livre da foice do cérebro.
3 - Seio reto: situado na junção da foice do cérebro com a tenda do cerebelo.
Anteriormente recebe o seio sagital inferior e a veia magna do cérebro (que é formada pelas veias internas do cérebro) e posteriormente desemboca na confluência dos seios.
Seios da base do crânio:
1 - Seio intercavenoso anterior: liga transversalmente os dois seios cavernosos. Situado na parte superior da sela túrsica, passando diante e por cima da hipófise.
2 - Seio intercavernoso posterior: paralelo ao anterior, este liga os dois seios cavernosos, passando por trás e acima da hipófise.
3 - Plexo basilar: é um plexo de canais venosos que se situa no clivo do occipital.
Este plexo desemboca nos seios intercavernoso posterior e petrosos inferiores (direito e esquerdo).
SEIOS PARES: são situados na base do crânio.
1 - Seio esfenoparietal: ocupa a borda posterior da asa menor do osso esfenóide.
2 - Seio cavernoso: disposto no sentido ântero-posterior, ocupa cada lado da sela túrsica.
Recebe anteriormente a veia oftálmica, a veia média profunda do cérebro e o seio esfenoparietal e, posteriormente, se continua com o seios petrosos superior e inferior.
3 - Seio petroso superior: estende-se do seio cavernoso até o seio transverso, situa-se na borda superior da parte petrosa do temporal.
4 - Seio petroso inferior: origina-se na extremidade posterior do seio cavernoso, recebe parte do plexo basilar, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna.
5 - Seio transverso: origina-se na confluência dos seios e percorre o sulco transverso do osso occipital, até a base petrosa do temporal, onde recebe o seio petroso superior e se continua com o seio sigmóide.
6 - Seio sigmóide: ocupa o sulco de mesmo nome, o qual faz um verdadeiro "S" na borda posterior da parte petrosa do temporal, indo terminar no bulbo superior da veia jugular interna, após atravessar o forame jugular.
A veia jugular interna faz continuação ao seio sigmóide, sendo que o seio petroso inferior atravessa o forame jugular para ir desembocar naquela veia.
7 - Seio occipital: origina-se perto do forame magno e localiza-se de cada lado da borda posterior da foice do cerebelo.
Posteriormente termina na confluência dos seios ao nível da protuberância occipital interna.
Face: Normalmente as veias tireóidea superior, lingual, facial e faríngica se anastomosam formando um tronco comum que vai desembocar na veia jugular interna.
O plexo pterigoídeo recolhe o sangue do território vascularizado pela artéria maxilar, inclusive de todos os dentes, mantendo anastomose com a veia facial e com o seio cavernoso.
Os diversos ramos do plexo pterigoídeo se anastomosam com a veia temporal superficial, para constituir a veia retromandibular.
Essa veia retromandibular que vai se unir com a veia auricular posterior para dar origem à veia jugular externa.
A cavidade orbital é drenada pelas veias oftálmicas superior e inferior que vão desembocar no seio cavernoso.
A veia oftálmica superior mantém anastomose com o início da veia facial.
Pescoço: descendo pelo pescoço, encontramos quatro pares de veias jugulares. Essas veias jugulares têm o nome de interna, externa, anterior e posterior.
Veia jugular interna: vai se anastomosar com a veia subclávia para formar o tronco braquiocefálico venoso.
Veia jugular externa: desemboca na veia subclávia.
Veia jugular anterior: origina-se superficialmente ao nível da região supra-hioídea e desemboca na terminação da veia jugular externa.
Veia jugular posterior: origina-se nas proximidades do occipital e desce posteriormente ao pescoço para ir desembocar no tronco braquiocefálico venoso. Está situada profundamente.



VEIAS DO TÓRAX E ABDOME
Tórax: encontramos duas exceções principais:
- A primeira se refere ao seio coronário que se abre diretamente no átrio direito.
- A segunda disposição venosa diferente é o sistema de ázigos.
As veias do sistema de ázigo recolhem a maior parte do sangue venoso das paredes do tórax e abdome. Do abdome o sangue venoso sobe pelas veias lombares ascendentes; do tórax é recolhido principalmente por todas as veias intercostais posteriores.
O sistema de ázigo forma um verdadeiro "H" por diante dos corpos vertebrais da porção torácica da coluna vertebral.
O ramo vertical direito do "H" é chamado veia ázigos.
O ramo vertical esquerdo é subdividido pelo ramo horizontal em dois segmentos, um superior e outro inferior.
O segmento inferior do ramo vertical esquerdo é constituído pela veia hemiázigos, enquanto o segmento superior desse ramo recebe o nome de hemiázigo acessória.
O ramo horizontal é anastomótico, ligando os dois segmentos do ramo esquerdo com o ramo vertical direito.
Finalmente a veia ázigo vai desembocar na veia cava superior.
Abdome: no abdome, há um sistema venoso muito importante que recolhe sangue das vísceras abdominais para transportá-lo ao fígado. É o sistema da veia porta.
A veia porta é formada pela anastomose da veia esplênica (recolhe sangue do baço) com a veia mesentérica superior.
A veia esplênica, antes de se anastomosar com a veia mesentérica superior, recebe a veia mesentérica inferior.
Depois de constituída, a veia porta recebe ainda as veias gástrica esquerda e prepilórica.
Ao chegar nas proximidades do hilo hepático, a veia porta se bifurca em dois ramos (direito e esquerdo), penetrando assim no fígado.
No interior do fígado, os ramos da veia porta realizam uma verdadeira rede.
Vão se ramificar em vênulas de calibre cada vez menor até a capilarização.
Em seguida os capilares vão constituindo novamente vênulas que se reúnem sucessivamente para formar as veias hepáticas as quais vão desembocar na veia cava inferior.
A veia gonodal do lado direito vai desembocar em um ângulo agudo na veia cava inferior, enquanto a do lado esquerdo desemboca perpendicularmente na veia renal.
RESUMINDO O SISTEMA PORTA-HEPÁTICO: A circulação porta hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e do baço para o fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepática é formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica superior drena sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino grosso. A veia mesentérica inferior, que deságua na veia esplênica, drena partes do intestino grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior.



Veias que formam a Veia Porta (Sistema Porta-Hepático)
F


Veias que formam a Cava Superior e o Sistema Porta-Hepático


VEIAS DOS MEMBROS SUPERIORES




As veias profundas dos membros superiores seguem o mesmo trajeto das artérias dos membros superiores.
As veias superficiais dos membros superiores:
A veia cefálica tem origem na rede de vênulas existente na metade lateral da região da mão. Em seu percurso ascendente ela passa para a face anterior do antebraço, a qual percorre do lado radial, sobe pelo braço onde ocupa o sulco bicipital lateral e depois o sulco deltopeitoral e em seguida se aprofunda, perfurando a fáscia, para desembocar na veia axilar.
A veia basílica origina-se da rede de vênulas existente na metade medial da região dorsal da mão. Ao atingir o antebraço passa para a face anterior, a qual sobe do lado ulnar. No braço percorre o sulco bicipital medial até o meio do segmento superior, quando se aprofunda e perfura a fáscia, para desembocar na veia braquial medial.
A veia mediana do antebraço inicia-se com as vênulas da região palmar e sobe pela face anterior do antebraço, paralelamente e entre as veias cefálica e basílica.
Nas proximidades da área flexora do antebraço, a veia mediana do antebraço se bifurca, dando a veia mediana cefálica que se dirige obliquamente para cima e lateralmente para se anastomosar com a veia cefálica, e a veia mediana basílica que dirige obliquamente para cima e medialmente para se anastomosar com a veia basílica.

VEIAS DOS MEMBROS INFERIORES





As veias profundas dos membros inferiores seguem o mesmo trajeto das artérias dos membros inferiores.
As veias superficiais dos membros inferiores:
Veia safena magna: origina-se na rede de vênulas da região dorsal do pé, margeando a borda medial desta região, passa entre o maléolo medial e o tendão do músculo tibial anterior e sobe pela face medial da perna e da coxa.
Nas proximidades da raiz da coxa ela executa uma curva para se aprofundar e atravessa um orifício da fáscia lata chamado de hiato safeno.
A veia safena parva: origina-se na região de vênulas na margem lateral da região dorsal do pé, passa por trás do maléolo lateral e sobe pela linha mediana da face posterior da perna até as proximidades da prega de flexão do joelho, onde se aprofunda para ir desembocar em uma das veias poplíteas.
A veia safena parva comunica-se com a veia safena magna por intermédio de vários ramos anastomósticos.